Confira na íntegra a entrevista com nosso guest Guilherme Mansur

Nome completo

Guilherme Mansur.

Apelido/nome artístico 

Mansvr Tattoo.

Idade

32.

Cidade

Bauru – SP.

Quando e como surgiu a ideia de ser tatuador?

Começou há muitos anos, quando tinha 17, porém, com algumas interferências. Acabei não dando o ponta pé inicial, nesse meio tempo fui viver outras experiências artísticas, e há́ exatos 6 anos esse sonho voltou com tudo, foi quando peguei toda a bagagem artística que havia vivido e estudado para aplicar no tão desconhecido (a meu ver) universo das tattoos!

Quanto tempo de profissão?

6 anos.

Quais os estilos que você trabalha? Existe uma afinidade maior com algum deles?

Realismo (preto e branco) e trabalhos com textura.

Qual a tattoo mais complicada/complexa que você já fez? Levou quanto tempo?

O trabalho mais longo durou cerca de 28 horas! Ele foi feito em uma convenção, um rosto cheio de cabelos, e graças a Deus os nossos esforços foram recompensados e obtivemos êxito no evento, levando o prêmio de primeiro lugar!

Qual a situação mais estranha que já aconteceu com você no estúdio?

Nossa… Uma infinidade! Até́ anabolizante já́ quiseram aplicar lá́ dentro, isso entre as pausas da tattoo. Além dessa, rolaram muitas outras!

Como você vê a profissão de tatuador atualmente no Brasil?

Vejo como uma profissão com alto potencial de desenvolvimento. Saímos de um nicho onde todos os respingos eram negativos, hoje a vejo em um nicho de nível técnico altíssimo relacionado a beleza, rentabilidade, e vários outros aspectos que me fazem ter orgulho de ser tatuador. 

O que você considera como “pontos negativos” da profissão?

Não vejo pontos negativos, somente o quanto a tattoo se desenvolveu, e o quanto ela é seria. 

Acho que o lado negativo está no fato de que alguns materiais de altíssima qualidade não entram no Brasil.

Qual tipo de tatuagem você mais gosta de fazer? E qual menos gosta?

As que mais gosto são as de performance realista e com texturas, as que menos gosto são as Maori Old School e delicadas. Apesar de achar todas lindas, tecnicamente não curto fazer.

Quais dicas você daria ao público que deseja seguir carreira como tatuador?

Diria o que todo pai diria: o único lugar que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. 𝕿𝖆𝖙𝖚𝖆𝖌𝖊𝖒 é difícil sim, mas não impossível. Demanda estudo e seriedade, e se você quer dar certo, aprenda o que é renúncia. Viva e respire em função das tattoos! Domestique seu ego e tome cuidado com o relógio, tattoo demora e qualidade nasce assim. Serão muitos erros até́ o acerto, mas isso só́ mostra o quanto 𝕿𝖆𝖙𝖚𝖆𝖌𝖊𝖒 é coisa séria, afinal, quem pilota o barco é você, então vai na manha. 

Agora com a pandemia, o que mudou nos atendimentos? A procura é a mesma?

Graças a Deus, aqui continuamos normalmente, com exceção daquela época que fomos obrigados a fechar por decreto, em função da saúde e consciência coletiva. Aqui o atendimento sempre foi feito cumprindo todos os protocolos, com álcool para higienização, máscara e luva. Claro que tomamos ainda mais cuidado, pois atualmente um descuido pode ter um super preço a se pagar, infelizmente.

E aí, galera! Curtiram? Então aproveita e compartilha aí para nos dar aquela força, assim teremos mais gás para continuar trazendo curiosidades a vocês!