O dinamarquês Knud Gregersen, conhecido como Lucky Tattoo, chegou ao Brasil em 1959. Desde então, tornou-se popular e renomado nesse meio das tatuagens. Foi na região metropolitana da Baixada Santista, em Santos, que ele desembarcou e logo abriu seu ateliê.
Nessa época, a tatuagem ainda estava conquistando o seu lugar em território nacional. Com apenas uma máquina elétrica própria para esse tipo de atividade, Lucky conquistou popularidade entre tripulantes, jovens e grupos marginalizados. Daí surgiu a visão preconceituosa sobre essa prática, perpetuada por anos no Brasil.
Nesse cenário também começam haver associações de tatuagens com presídios. Acontece que as tattoos, nesse momento em questão, eram utilizadas em penitenciárias para identificar grupos ou facções. Armas, números e animais faziam parte do repertório dessas pessoas.
PRIMEIRAS TATTOOS
A pele dos tatuados desse período costumavam registrar âncoras, animais, personagens de HQs, iniciais de nomes e lugares, corações, mulheres nuas e símbolos religiosos. Os traços brutos eram feitos com agulhas, espinhos e até cacos de vidro. Os pigmentos eram improvisados com cinzas de cigarro, nanquim, carvão e fuligem. Já deu para perceber a dor e falta de segurança que isso demonstrava, né?
Essa arte só foi começar a aparecer entre a classe média em meados de 1970, devido à ascensão da cultura pop. Ídolos musicais da época esbanjavam tattoos cheias de estilo e personalidade, algo que contribuiu e influenciou os jovens na busca por desenhos gravados na pele.
ATUALIDADE
Grandes, pequenas, discretas, minimalistas, coloridas ou sóbrias. As tatuagens, hoje em dia, possuem uma infinidade de estilos, formatos e técnicas. Enquanto, antigamente, os desenhos significavam pertencimento a um grupo específico ou o mero registro de situações, hoje em dia, passou a fazer parte da pele de milhares de pessoas, compondo um estilo próprio.